Reguengo O Reguengo fica situado na encosta da Serra de São Mamede. A história do Reguengo é muito antiga, pensa-se que terá começado nos finais do Século XV. O seu nome está relacionado com um determinado privilégio real que era dado nos primeiros séculos da monarquia a algumas povoações. Descrito pelo “Almanaque Alentejano” : “No tempo em que o Senhor Rei D. João o Terceiro, eram aqui terras coutadas e por isso têm o nome de Reguengo, pela regalia que logravam naquele tempo estas terras o qual senhor movido de piedade cristã e vendo que os couteiros não ouviam missa muitos dias instituiu na Ermida de S. Gregório Magno que hoje é freguesia um capelão para que dissesse missa na tal igreja todos os domingos e Santos de guarda e passando esta Ermida de filial da Sé de Portalegre para freguesia conservou o título de capela de S. Gregório.” São Julião A criação de São Julião, está indiscutivelmente ligada ao testamento deixado por D. Julião d’Alva, primeiro Bispo de Portalegre. Tal intenção e desejo foram cimentados, após uma visita àquelas gentes, enquanto bispo desta Diocese, entre 1550 e 1560.

1. Julião d’Alva deu 50 mil réis para a construção da Igreja de S. Julião, para compra dos paramentos e do que mais necessário para naquele local se celebrar Missa. Foi também comprado um moio de trigo, na herdade do Carvalhal do Gil, para ajuda da sustentação do cura que servisse a freguesia ali a criar.

De facto, D. Julião morre em 13 de Fevereiro de 1570, como se pode ler na lápide sobre a sua sepultura, na Capela Mor da Sé de Portalegre. E tendo por base os 70 moios de trigo pagos ao cura até 1640, pode ligar-se a data da fundação de S. Julião exactamente ao ano do falecimento de D. Julião d’Alva de, ou seja, 1570.   No testamento de D. Julião d’Alva lê-se “mando, que se ao Senhor Bispo de Portalegre parecer, como me a mim parece, que será serviço de Deos Nosso Senhor fazer-se a ditta igreja ordenar por o limitte, que lhe parecer, e de minha fazenda se dem sincoenta mil reis, para ajuda de se fazer, e edifficar a dita igreja, que será de invocação, e orago de s. Julião…”